quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A EFICIÊNCIA (?) DA EMBRAPA (DE CRUZ DAS ALMAS).

Confesso que fiquei decepcionado com a suposta eficiência da EMBRAPA, considerada uma das melhores instituições públicas brasileira.
Ao chegar à portaria da tradicional instituição, orgulho dos agrônomos brasileiros, nesta terça-feira, dia 03/01/17, fui informado que a recepção de amostras de solo para análise química só se daria a partir de 20/01/2017.
Não é desta forma que a agricultura brasileira pode avançar na produtividade, de formas a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da nação. A análise de solo, uma atividade tão importante, apesar de tão simples, deixar de ser exercida durante 30 dias do ano, é inconcebível. Fora evidente, sábados, domingos, feriados e seus enforcamentos, já tão tradicionais nas esferas do serviço público.
Enquanto isso os agricultores continuam enfrentando os enrolos climáticos, com excessos ou falta de chuvas – principalmente no nordeste brasileiro, as pragas e as doenças nas lavouras e os preços desfavoráveis no mercado dos produtos agrícolas.

O governo alia-se à miríade de eventos desfavoráveis criando dificuldades no crédito do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, retirando assistência técnica pública e agora EMBRAPA DE CRUZ DAS ALMAS fecha as portas do seu laboratório de solos. É UMA VERGONHA!

sábado, 3 de dezembro de 2016

LEITÃO MEIRELES - SOBRE A MORTE DE LUCIANO GALVÃO

Caro Jovino,

Estou profundamente triste com a notícia do falecimento de meu colega e amigo Luciano! Em razão de não ter aberto o meu Email nestes últimos dias tão somente agora estou tomando conhecimento.
Em viagem pela Região visitei-o após o acidente que dizimou com as vidas da esposa, filha e sobrinho dele, ocasião em que demonstrou tristeza por saber que ao pernoitar na Cidade de Ipirá jamais o havia procurado para passar uma noite na sua residência...
Demonstrou-me que acreditava e praticava o espiritismo como religião, o que o confortava no episódio em que teve parte da sua família dizimada.
Consciente de nada poder fazer pelo mesmo, consolo-me em saber que sempre lhe dei a minha amizade e respeito!!!
Um forte abraço!

Leitão.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Luciano Galvão. Sepultamento em Ipirá.


A notícia do falecimento de Luciano Galvão, deixou a comunidade ipiraense muito triste. Luciano, tinha 62 anos de idade, era natural de Sapeaçu (BA), e graduado em Agronomia. Sua chegada à Ipirá se deu em meados dos anos 70 como gerente da extinta Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Após deixar a direção da estatal, Luciano continuou sua atuação na área de projetos rurais, contribuindo assim para o progresso de Ipirá, opnde também constituiu família.
Luciano sofreu um acidente automobilístico no dia (13/11), quando trafegava pela rodovia BA 233. Foi socorrido por uma equipe de Corpo de Bombeiros, da cidade de Itaberaba, e depois foi transferido para o Hospital Cleriston Andrade em Feira de Santana, onde veio a falecer na manhã desta sexta-feira (25).
A empresa funerária PAF São Paulo comunica que o corpo de Luciano está sendo velado na residência da família, localizada no bairro Tamburi e o sepultado acontecerá as 9h da manhã, deste sábado (26), no cemitério Jardim da Saudade (cemitério novo) em Ipirá (BA).
Caboronga Notícias

http://www.caboronganoticias.com/corpo-de-luciano-galvao-sera-sepultamento-neste-sabado-26-em-ipira/

Morre Luciano Galvão, da turma de 1973, em acidente de automóvel.








A população de Ipirá recebeu com muita tristeza a notícia do falecimento de Luciano Santana Galvão. Após 12 dias internado, o quadro clinico se agravou, vindo a falecer na manhã desta sexta-feira (25).
Luciano sofreu um acidente automobilístico na noite do último domingo (13) quando trafegava pela rodovia BA 233 sentido Itaberaba-Ipirá, foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros da cidade de Itaberaba, onde constatadas fraturas de costelas e consequentemente a perfuração do pulmão, Luciano Galvão foi submetido a uma drenagem pela equipe médica, sendo transferido em seguida para o Hospital Cleriston Andrade em Feira de Santana.
Há pouco tempo Luciano Galvão perdeu a esposa, uma filha e um sobrinho em um grave acidente na Estrada do Feijão BA 052, nas imediações do município de Serra Preta.
O engenheiro agrônomo Luciano Santana Galvão é natural da cidade de Sapeaçu e chegou a Ipirá em meados dos anos 70 como gerente da extinta EBDA, substituída pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (BAHIATER), órgão ligado à Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia.

http://marioangelobarreto.blogspot.com.br/2016/11/luciano-santana-galvao-faleu-na-manha.html

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

7º ENCONTRO DA TURMA DE AGRONOMIA DA UFBA, EM ARACAJU

Arício Resende lembra que faltam apenas dois dias.
Aracaju vos esperam.
Aracaju esta bela cidade. Vamos lá turma.

Eng. Agrônomo Arício Resende Silva
ORGANIZADOR
Tel.: (79) 98879-0200 / 99990-6220

GUTEMBERG GUERRA FALA SOBRE O PROFESSOR LUIZ GONZAGA MENDES

Prezados colegas:
Fui aluno do professor Luis Gonzaga Mendes em Economia Rural e participei como estagiário do Professor Eduardo Lacerda no Departamento de Economia e Sociologia Rural. Pude partilhar com ele da montagem de um Seminário sobre Economia do Estado da Bahia e em suas aulas pudemos aprender sobre Reforma Agrária, um conceito considerado proibido à época. Polêmico e corajoso no assumir seus posicionamentos, o professor Luis Mendes era muito qualificado para as questões econômicas. Respeitado pela sua competencia profissional e como professor dedicado, merece respeito e um lugar destacado em nossa memória.
Desejamos serenidade e força aos parentes e amigos nesse momento de despedida!

Gutemberg Guerra

AS CONDOLÊNCIAS DE LINDEMBERG À FAMÍLIA E AMIGOS DO PROFESSOR LUIZ MENDES

Jovino, Luiz "motor" foi meu professor de Economia Rural em Cruz. Sempre encontrava com ele caminhando pela Centenário e na Barra aqui em Salvador.
Conforto e forte abraço para a família e amigos.
Lindemberg (Lingote)

domingo, 23 de outubro de 2016

Elizabeth Vaz comenta na morte do Professor Luiz Mendes.

Valeu, Jovino - realmente lamentável a perda no nosso professor Luiz Mendes. Deus o receba em sua Glória!!

Abraço grande,

Bete Vaz




sexta-feira, 21 de outubro de 2016

FALECIMENTO DO PROFESSOR LUIZ GONZAGA MENDES


Faleceu de infarto, ontem, 20/10/16, em Cruz das Almas o professor LUIZ GONZAGA MENDES, carinhosamente apelidado de Luiz Motor por ser rápido na fala.

Breve Histórico:

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia (1971), mestrado em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (1974) e doutorado em Economia Rural -The Ohio State University (1981). Professor Titular da Universidade Federal da Banhia e Professor Adjunto da UFRB/Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. Foi chefe de departamento, coordenador do colegiado de cursos do mestrado em ciencias agrarias(08 anos) e diretor da Escola de Agronomia da UFBA. Fundador e Diretor Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Agronomia - DESAGRO. Foi Coordenador do Programa de Pós-graduação (Mestrado Profissional) em Gestão em Políticas Públicas e Segurança Social.

https://www.ufrb.edu.br/ccaab/noticias/1464-nota1-3


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

7º ENCONTRO DE AGRONOMIA DA UFBA - EM ARACAJU



O encontro é extensivo a todos que convivemos nesse período de 72 a 76 já fazemos isso há 7 anos mas não temos o endereço de todos, no entanto todos que vierem ao encontro serão bem recebidos e esse ano terá um momento diferenciado pois a turma seriada de 1973 estará nessa data também se encontrando aqui em Aracaju no mesmo período de 28 a 30 de outubro de 2016 e vai haver um momento importante na programação de visita mútua das turmas seriadas e aquelas através de créditos (reforma do ensino a partir de 1971) que dispersou muito as turmas ingressos a partir dessa data com colação de grau diferenciadas, portanto divulgue para quem vc tiver o endereço, meu amigo, um abraço,



Eng. Agrônomo Arício Resende Silva
Presidente do CREA/SE
Tel.: (79) 98879-0200 / 99990-6220

sábado, 9 de julho de 2016

UMA NOTA TRISTE: O FALECIMENTO DE DEGUINHA






Através de um amigo, funcionário da Caixa Econômica Federal, que mora em Conceição do Jacuípe, fiquei sabendo da morte de Deraldo Campos Martins, o grade Deguinha.


Não sabe com precisão a data da ocorrência nem dos motivos do falecimento. Teria acontecido no final do mes de junho.
Deguinha era conhecido deste meu amigo, que era funcionário do BANEB. Deguinha, proprietário de um posto de gasolina em Irará, era cliente do BANEB.


Deguinha era sobrinho de Tom Zé. Já contei sobre isto neste blog. AQUI.




Jovino de Almeida.

sexta-feira, 6 de março de 2015

O POETA ROGÉRIO PACHECO FAZ UMA HOMENAGEM À TODAS AS MULHERES

Uma homenagem em forma de poesia. (Em anexo)


Robério Pacheco

MULHER

Letra e música: Robério Pacheco

 

Como posso viver sem você

Você é meu bem querer
Minha doce jóia rara
Você é meu doce momento
Você é o instante é o tempo
É  a força que me ampara (bis)

Você é a voz que acalanta
Que afaga a tristeza e a dor
Você é a mãe que amamenta
Você é o encanto,  é a poesia
Você é a pureza da flor

Você que é discriminada
Mulher tão guerreira, és ação
Você tá nos versos que canto
Você é  a pureza das águas
Nascente de um ribeirão

Como posso viver sem você ...

Você é a paz que liberta
É o instante fecundo, és amor
Você é o sol que amanhece
Você é o verso que canto
Você é a plenitude do amor

Você  é a irmã Dulce doce amor
Ou a madre Tereza de Calcutá
Você é a poesia dos ventos
Soprando de leve as águas
Banhando as areias do mar

terça-feira, 3 de março de 2015

HERMIRO SOLIDÁRIO À MOACIR

Olá Jovino, tudo bem? É natural, mas creio não haver preparo para a definitiva passagem ao oriente eterno. Os caminhos escolhidos nem sempre permitem conviver proximamente, contudo, encontramos a redução da distância no período de "ajuntamento", onde todos convergiam suas energias para o local de formação. Neste curto período de tempo conseguimos construir uma grandiosa amizade ou no minimo uma referência de conhecimento. Em qualquer momento dessa amplitude, as ausências são sentidas como a colega Moacyr (Cururu) que boas lembranças nos deixa da convivência neste antigo campus da Escola de Agronomia da UFBA, atual campus de Cruz das Almas da UFRB, onde trabalho. Rogamos ao Senhor nosso Deus que saciei com muita luz a caminhada espiritual do saudoso colega. Esteja com Deus meu irmão! Saudades!! Nossos sentimentos aos familiares!
Um grande abraço pra vc Jovino extensivo aos familiares Luz e paz!

Hermiro

A MORTE DA EBDA

O Blog de Agronomia, tem, lamentavelmente, noticiado mortes de colegas queridos. Mas isto faz parte da vida. É da natureza dos indivíduos nascer e morrer.
No réquiem que Cícero Magalhães faz ao querido Luiz Gonzaga (post anterior) ele cita, também, a morte da EBDA. Esta morte meus caros não é da natureza. Esta é uma morte provocada pela incompetência e pela irresponsabilidade de um governo.
Lamentável nesta morte é a omissão e o silêncio de uma classe, a dos engenheiros agrônomos, outrora tão combativa. Lamentável é ver esta empresa ser enterrada como um indigente, em cova rasa, sem nenhum séquito para lhe render homenagens póstumas que ela merece. Não colocaram sequer uma lápide com a data de seu nascimento e da sua morte. Nada! 
Fez os governantes atuais como faziam os governantes da ditadura (lembram-se?), que enterravam seus opositores em cemitérios clandestinos.
Um governo que mata uma instituição com o passado da EBDA - uma instituição que é necessária para o desenvolvimento social; uma instituição, a única, que tem a capacidade de sustentar a agricultura familiar - guilhotinou-a porque não conhece as necessidades da famílias de trabalhadores do campo que precisam de assistência técnica, séria, eficiente e gratuita, famílias que carecem de crédito para produzir alimentos, criar empregos e desenvolver o país.
Só uma uma instituição com a tradição da EBDA, com o acervo da EBDA, com os técnicos da EBDA, com os conhecimentos da EBDA será capaz de de levar avante este desafio que é transformar o campo em um mar de prosperidade.
Ao invés dos tiros de canhão que atingiu o coração da nave de desenvolvimento que transportava no seu interior milhares de servidores dedicados, deveria lhe dar o governo, uma UTI para restabelecer os objetivos da ANCARBA, lá dos idos da década de 1960.
Mas não, os governos foram dando à instituição veneno em doses pequenas para não matá-la de vez. A intoxicação foi lenta e gradual.
A morte se deu agora. Milhões de agricultores desassistidos. Milhares de servidores desempregados. A desesperança se alastra pelo campo da agricultura familiar na Bahia. Uma vergonha.
Peço aos colegas que enviem a este Blog opiniões sobre o assassinato da EBDA.
Usem o email agr.ufba@gmail.com .

WALSON COMUNICA O FALECIMENTO DO COLEGA MOACIR (CURURU)

Jovino, Infelizmente quem faleceu no ano passado foi o inesquecível Cururu.


Abs, Walson

segunda-feira, 2 de março de 2015

UM ADEUS A LUIZ GONZAGA LIRA - POR CÍCERO NASCIMENTO MAGALHÃES

GONZAGÃO, ATÉ BREVE!

GONZAGÃO, homem de notório saber, de inteligência exponencial, uma das pessoas mais inteligentes que conheci, um verdadeiro gênio.
 Partiu para Pátria Celestial em 16 de fevereiro de 2015 – Luiz de Gonzaga Lira.
 Contador de histórias, fazia análises profundas dos casos que narrava. Por onde passou - Cajazeiras/PB - sua terra natal-, Bahia, Paraíba, João Pessoa, Recife, Fortaleza, tinha uma boa história para contar.
Apaixonado pela  música ,política e literatura, sempre tinha opiniões e posicionamento sobre tudo que nos cercava. Se ao invés de agronomia tivesse estudado medicina como pensou na época do vestibular, creio que tinha grande chance de enveredar pela política, começando pela prefeitura de Cajazeiras, com certeza chegaria no congresso nacional.
Trabalhou na  EBDA, mas deveria estar em outro lugar; projetando e realizando ações, no limite do conhecimento internacional, tamanha sua genialidade  e curiosidade, onde certamente, seria mais valorizado e respeitado.
Homem valente,  ético  e  de uma só palavra. Sem concessões. O "Sim" era sim e o "Não" era não, o talvez era raro e estamos conversados.
Passei a conhecê-lo em maior profundidade quando exercia um cargo na direção e ele era o chefe de um departamento.
 Nos últimos anos, trabalhamos na mesma  sala,  compartilhamos  idéias,  críticas,  presenciei seu zelo com as pessoas, preocupações e prospecções para o futuro técnico da Empresa. Muitas delas se concretizando no momento...
 Tornou-se então meu redator, revisor, conselheiro,  contador,  e  de inúmeros colegas -  fazendo o imposto de renda.
Após cerca de 45 anos de trabalho, muitas histórias para contar, algumas decepções e mágoas acumuladas, o corpo físico debilitou,  mas, sua mente com uma  rapidez  de piloto de caça...Sofria mais com as dores do descaso da empresa...
 Na última visita que lhe fiz, ele externou certa insatisfação e frustação com a direção da EBDA e não conseguiu conter as lágrimas. Chorou e eu me emocionei junto, não sei se por empatia ou  autoreconhecimento.
As palavras de conforto que me vieram vendo que a sua mente continuava ágil, ainda que num corpo com inúmeros problemas graves , foi dizer que apesar dos caminhos de Deus serem de difícil compreensão, eles são assim para todos nós.
Neste momento em que é decretada a extinção da empresa que trabalhamos por décadas, dizer quase que simultaneamente adeus ao meu querido colega de sala, é uma perda profunda e sobreposta.
Merecerá sempre dos seus colegas, funcionários  e da sua querida família o reconhecimento e a lembrança como sendo um grande homem do Bem!
GONZAGÃO,  na morada  eterna,  o seu lugar é  na Luz do Sol Nascente, no amanhecer da sua querida e inesquecível Cajazeiras.
Saudade.

Cicero Nascimento Magalhães

Engenheiro Agrônomo

domingo, 6 de abril de 2014

Embrapa: e não é que o PT vai conseguir estragar mais uma instituição decente?

POR RODRIGO CONSTANTINO.

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/privatizacao/embrapa-e-nao-e-que-o-pt-vai-conseguir-estragar-mais-uma-instituicao-decente/

Uma das coisas mais raras que existem é uma estatal eficiente. O BNDES já foi assim no passado, mas isso está lá, enterrado no passado. O Ipea teve sua credibilidade, mas isso é coisa do passado também. Se há ainda uma empresa estatal que goza de respeito (não pensem que vou falar da Fiocruz, aquele antro de marxista), essa é a Embrapa.
Suas pesquisas agropecuárias são apontadas como importantes para o salto de produtividade que o país deu no setor. A revista britânica The Economist chegou a reconhecer publicamente isso. É claro que um liberal sempre poderá questionar o custo de oportunidade, ou seja, como estaria o setor sem esses recursos tirados da iniciativa privada e destinados a essas pesquisas da estatal. Mas, ainda assim, trata-se de uma empresa séria e com um quadro de pesquisadores de ótimo nível.
Tratava-se, seria melhor dizer. Uma reportagem de hoje no GLOBO mostra como a Embrapa vem sendo aparelhada pelo PT também, com critérios mais flexíveis na escolha de pessoal. Na mitologia, existe o toque de Midas, onde tudo que o rei colocava a mão virava ouro. O PT parece ter o “toque de Mierdas”: tudo que ele coloca a mão apodrece! Vejam:
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sempre foi considerada uma ilha de excelência técnica, tanto na condução de pesquisas decisivas para o setor quanto na escolha dos profissionais de carreira que ocupam os cargos de chefia da estatal. O atual momento do órgão vem redesenhando essa impressão. A empresa vive uma fase de aparelhamento e apadrinhamento partidário num de seus setores mais estratégicos, afrouxamento das regras para a escolha dos diretores executivos — com a predominância do critério de indicação política — desmantelamento da capacitação internacional, e forte disputa interna. Além disso, uma investigação em curso apura supostas irregularidades cometidas por sete servidores na criação da Embrapa Internacional, com sede nos EUA.
Documentos obtidos pelo GLOBO mostram que já está definida a extinção da Embrapa Estudos e Capacitação, também chamada de Centro de Estudos Estratégicos e Capacitação em Agricultura Tropical (Cecat), um projeto pessoal do então presidente Lula, inaugurado em maio de 2010.Lula pediu a criação da unidade para capacitar profissionais de outros países que atuam no campo da agropecuária, principalmente nações da África e da América Latina. Um bloco de quatro andares foi construído ao lado da sede da Embrapa em Brasília — os dois prédios estão conectados por um corredor — e os gastos somaram R$ 9,4 milhões.
Militantes do PT viraram chefes de departamentos importantes dentro da empresa. É a politização da Embrapa. O PT parece agir como os cupins, tomando conta do pedaço e estragando sua estrutura. É muito triste ver todo o estrago que o PT tem causado ao Brasil. Como disse Graça Foster sobre a investigação que faria na Petrobras, mas usando agora em contexto verdadeiro: não vai ficar pedra sobre pedra!
Rodrigo Constantino



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

EDITORIAL DO ESTADÃO: No palanque tudo é fácil


http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,no-palanque-tudo-e-facil,1133192,0.htm
O Estado de S.Paulo (22/02/2014)
A presidente Dilma Rousseff acha que é "simples" enfrentar a seca no Nordeste.
Em discurso no Piauí, durante mais um dos eventos do calendário eleitoreiro do governo, Dilma declarou que o segredo é "conviver com a seca".
Façamos um esforço para acompanhar seu raciocínio. Segundo a presidente, "a seca não é uma maldição, a seca é uma ocorrência, é algo que ocorre", comparável aos "invernos rigorosos" dos países do Hemisfério Norte, que "duram seis, sete meses, todo ano, chova ou faça sol". Conceda-se que o tal inverno rigoroso que dura "sete meses" seja apenas um arroubo retórico para reforçar seu argumento. Mas Dilma continua, animada: "Eles têm um inverno forte, que acaba com toda a produção, a neve mata tudo o que cresce, e eles sobrevivem muito bem, obrigada, e fortes. Nós também podemos enfrentar a seca, sim".
Dilma descobriu agora que "a seca não deve ser combatida". Em lugar disso, é preciso haver "ações emergenciais" para ajudar os agricultores a contornar os efeitos da estiagem enquanto as condições climáticas não melhoram. É a institucionalização do assistencialismo - e nesse campo, como de hábito, chovem apenas promessas.
Em novembro de 2012, quando o Nordeste enfrentava a maior seca em meio século, Dilma lançou o programa Mais Irrigação e garantiu que o sertão seria transformado em "um dos maiores produtores de alimentos que nosso país e o mundo necessitam" e que "a vítima da seca deixará de ser flagelado para se tornar um produtor rural". Os investimentos anunciados para tão ousado objetivo somavam R$ 10 bilhões.
Seis meses depois, em abril de 2013, Dilma esteve no Ceará para prometer um novo pacote contra a estiagem, no valor de R$ 9 bilhões. Desse dinheiro, R$ 3,1 bilhões eram o quanto o governo estimava deixar de arrecadar em razão da renegociação de dívidas de agricultores que tiveram prejuízos com a seca. Outra parte dizia respeito à prorrogação de programas assistenciais, o Garantia Safra e o Bolsa Estiagem. Havia, portanto, pouco "dinheiro novo" no pacote, formado basicamente por verbas já empenhadas, seguindo a tradição dos governos petistas de reciclar programas antigos para apresentá-los como novidade.
Mas isso não é tudo. A caríssima e controversa transposição das águas do Rio São Francisco, prometida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o "compromisso não de um presidente, mas de um retirante nordestino", tornou-se um autêntico elefante branco. Além dos seguidos atrasos em seu cronograma, a obra, se e quando estiver concluída, vai produzir água a um preço proibitivo para os pequenos agricultores, o que obrigará o governo a recorrer a subsídios, adicionando sacrifícios aos contribuintes.
Agora, em 2014, depois de tantas promessas, Dilma diz que é preciso aceitar a seca como um fato da vida, a exemplo do que fazem os agricultores do Hemisfério Norte ante a dureza do inverno. A presidente tem razão, mas há importantes diferenças. Em vez de prometer bilhões em "ações emergenciais" e em projetos que mal saem do papel, os países do Hemisfério Norte estimularam o desenvolvimento de avançadas técnicas agrícolas mesmo em pequenas propriedades, o que permite aos produtores retomar seu trabalho em alto nível após o inverno, reduzindo os prejuízos. Em relatório sobre os efeitos das mudanças climáticas sobre a agricultura, a União Europeia diz que há uma "vasta gama de opções" para lidar com o problema, todas baseadas em tecnologia para prevenção. Considerar o inverno inevitável não significa aceitar, como uma fatalidade, as perdas decorrentes dele.
Ao dizer que é "simples" lidar com a seca no Nordeste, Dilma esbanja a mesma arrogância de seu criador, Luiz Inácio Lula da Silva, que, ao deixar a Presidência, disse que era "fácil" governar o Brasil. Quando se governa do palanque, tudo parece mais simples mesmo. Mas já passou da hora de tratar o centenário flagelo da seca no Nordeste com mais responsabilidade. Não se pode mais admitir que o sertanejo continue a ser tratado como mera commodity eleitoral, sempre à espera do caminhão-pipa.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

EVERALDO DÁ UMA TRISTE NOTÍCIA: A MORTE DE CLEONICE.


Encontrei-me ontem (02/02/2014) com Everaldo (Picapau) em Maracás. Vinha de Candiba, onde trabalha na ADAB, para passar férias em sua Salvador.
Na conversa ele me contou que a colega Cleonice é falecida há cerca de quatro anos. Não soube precisar a data. Foi vítima de tumor no cérebro.

Lamentavelmente passo esta notícia aos colegas.


EVERALDO (EM FOTO RECENTE)

EVERALDO COM CLEONICE, EM 1974.
EM SÃO CONRADO - RJ

sábado, 18 de janeiro de 2014

Conspiração, teoria e prática - POR KÁTIA ABREU

ARTIGO PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/148178-conspiracao-teoria-e-pratica.shtml

"Teoria da conspiração" tornou-se uma espécie de mantra para banir qualquer avaliação mais profunda da conjuntura política. O termo é invocado mesmo quando já se está diante não de uma tese, mas da própria prática conspirativa.
Os fatos estão aí: há um projeto em curso, que pretende restringir e relativizar a propriedade privada e a economia de mercado. Em suma, o Estado democrático de Direito. O setor rural é o mais visado.
Usa-se o pretexto da crise social para invasões criminosas a propriedades produtivas: sem-terra, quilombolas e índios têm sido a massa de manobra, incentivada por ativistas, que, no entanto, não querem banir a pobreza.
Servem-se dela para combater a livre iniciativa e estatizar a produção rural. Espalham terror nas fazendas e, por meio de propaganda, acolhida pela mídia nacional, transformam a vítima em vilão. Nos meios acadêmicos, tem-se o produtor rural como personagem vil, egoísta, escravagista, predador ambiental, despojado de qualquer resquício humanitário ou mesmo civilizatório.
No entanto, é esse "monstro" que garante há anos à população o melhor e mais barato alimento do mundo, o superavit da balança comercial e a geração de emprego e renda no campo.
Nada menos que um terço dos empregos formais do país está no meio rural, que, não tenham dúvida, prepara uma nova geração de brasileiros, apta a graduar o desenvolvimento nacional.
Enfrenta, no entanto, a ação conspirativa desestabilizadora, que infunde medo e insegurança jurídica, reduzindo investimentos e gerando violência, que expõe não os ativistas, mas sua massa de manobra, os inocentes úteis já mencionados.
Vejamos a questão indígena: alega-se que os índios precisam de mais terras.
Ocorre que eles --cerca de 800 mil, sendo 500 mil aldeados-- dispõem de mais território que os demais 200 milhões de compatriotas. Enquanto estes habitam 11% do território, os índios dispõem de 13%. Não significa que estejam bem, mas que carecem não de terras, e sim de assistência do Estado, que lhes permita ascender socialmente, como qualquer ser humano.
Mas os antropólogos que dirigem a Funai não estão interessados no índio como cidadão, e sim como figura simbólica. Há o índio real e o da Funai, em nome do qual os antropólogos erguem bandeiras anacrônicas, querendo que, no presente, imponham-se compensações por atos de três, quatro séculos atrás.
O brasileiro índio do tempo de Pedro Álvares Cabral não é o de hoje, que, mesmo em aldeias, não se sente exclusivamente um ente da floresta, mas também um homem do seu tempo, com as mesmas aspirações dos demais brasileiros.
Imagine-se se os franceses de ascendência normanda fossem obrigados pelos de descendência gaulesa a deixar o país, para compensar invasões ocorridas na Idade Média. Ou os descendentes de mouros fossem obrigados a deixar a Península Ibérica, que invadiram e dominaram por oito séculos.
A história humana foi marcada por embates, invasões e violência. O processo civilizatório consiste em superar esses estágios primitivos pela integração. O Brasil é um caudal de raças e culturas, em que o índio, o negro e o europeu formam um DNA comum, ao lado de imigrantes mais tardios, como os japoneses.
Querer racializar o processo social, mais que uma heresia, é um disparate; é como cortar o rabo do cachorro e afirmar que o rabo é uma coisa e o cachorro outra.
A sociedade brasileira está sendo artificialmente desunida e segmentada em negros, índios, feministas, gays, ambientalistas e assim por diante. Em torno de cada um desses grupos aglutinam-se milhares de ONGs, semeando o sentimento de que cada qual padece de injustiças, que têm que ser cobradas do conjunto da sociedade.
Que país pretendem construir? Não tenham dúvida: um país em que o Estado, com seu poder de coerção, seja a única instância capaz de deter os conflitos que ele mesmo produz; um Estado arbitrário, na contramão dos fundamentos da democracia. Não é teoria da conspiração. É o que está aí.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Um direito, para ser humano, tem de ser de alguma “minoria” influente entre esquerdopatas. Gente pobre que trabalha que se dane! Ou: O outro crime cometido no Maranhão!

DO BLOG DE REINALDO AZEVEDO

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/um-direito-para-ser-humano-tem-de-ser-alguma-minoria-influente-enter-esquerdopatas-gente-pobre-que-trabalha-que-se-dane-ou-o-outro-crime-cometido-no-maranhao/

Um direito, para ser humano, tem de ser de alguma “minoria” influente entre esquerdopatas. Gente pobre que trabalha que se dane! Ou: O outro crime cometido no Maranhão! Quem é este segurando, com esse ar de prazer, uma bala de borracha?




Vocês o conhecem. Já chego lá. Um estrangeiro ou um marciano que visitassem o Brasil e decidissem se inteirar dos números da nossa economia certamente esperariam ver uma nação grata ao agronegócio, quase reverente, reconhecendo que, afinal, o setor livra o país do buraco. Em vez disso, os agricultores brasileiros têm de enfrentar a difamação promovida por setores do governo e da imprensa, pelo MST, por ONGs que se apresentam como porta-vozes de índios e quilombolas e até por atores da Globo e alguns comediantes, que não resistem à tentação de pôr a sua ignorância engajada a serviço da desinformação. Recentemente, o ataque mais boçal à produção agrícola brasileira e ao homem do campo partiu de uma autoridade do governo. Refiro-me ao senhor Paulo Maldos, velho conhecido deste blog, que é Secretário de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência — braço-direito de Gilberto Carvalho. É aquele que aparece ali no alto. Já chego ao caso. Antes, é preciso lembrar alguns números para que se possa fazer um debate instruído. Em 2013, a balança comercial brasileira teve o seu pior desempenho em 13 anos, com um saldo positivo de, atenção!, apenas US$ 2,5 bilhões. E, na verdade, ele é falso. Tem mandracaria aí, uma das muitas artimanhas da contabilidade criativa. O país registrou como entrada US$ 7,7 bilhões por conta da (falsa) exportação de sete plataformas de petróleo que, na verdade, não saíram de Banânia: foram fabricadas aqui, compradas por empresas como a Petrobras no exterior e alugadas para operar no Brasil. Entenderam? Sem o truque, a balança teria fechado no vermelho: US$ 5,2 bilhões. E o agronegócio com isso? Pois é. Leiam post na home. No ano passado, o superávit comercial do setor foi de US$ 82,91 bilhões. Só para vocês terem uma ideia: o país exportou em 2013 US$ 242,17 bilhões — US$ 99,97 bilhões desse total — 41,28% — pertencem ao agronegócio. Em contrapartida, importou modestos US$ 17,06 bilhões — apenas 7,11% de um total de US$ 239,61 bilhões. Vejam que coisa: os brasileiros gastaram só em viagens no exterior, no ano passado, US$ 23,125 bilhões — 35,6% mais do que tudo o que importou o setor que livra o país do buraco. Aplausos? Reconhecimento? Reverência? Que nada! O agronegócio brasileiro — na verdade, os produtores rurais de maneira geral — é tratado a tapas e pontapés. E, claro!, no grupo dos detratores que vai lá no primeiro parágrafo, é preciso incluir certo ambientalismo doidivanas. Um setor da economia opera com eficiência máxima para, na prática, financiar a farra daqueles que o difamam. Ou haveria o circo se começasse a faltar pão — inclusive sobre a mesa dos brasileiros? Porque é preciso deixar claro que o agronegócio opera a preços competitivos lá fora e abastece o mercado interno com uma das comidas mais baratas do planeta. Tudo isso é matéria de fato, não de gosto. As coisas são assim porque assim são as coisas. Não são matéria de gosto, de opinião, de achismo. Acontece que… Acontece que uma das configurações que assumiram as esquerdas contemporâneas prevê, deixem-me ver como chamar, a “reindianização” do Brasil. Mais números, que são, sim argumento: esse fantástico desempenho do agronegócio brasileiro é obtido com a agricultura e a pecuária ocupando pouco mais de 27% do território nacional. É nesse espaço que se produzem aqueles números que nos livram da bancarrota. Atenção: essa área corresponde ao dobro daquela que é hoje ocupada por reservas indígenas, que abrigam uns 600 mil índios, onde não se produz uma espiga de milho. Ao contrário: os indígenas brasileiros — bem como boa parte dos sem-terra — se alimentam com cestas básicas fornecidas pelo poder público: sim, são os alimentos produzidos pelo “detestável”… agronegócio!!! Os comediantes, de fato, teriam com o que se fartar caso buscassem se informar, fugindo da piada fácil e do discurso ideológico bocó. Maranhão Brasil afora, multiplicam-se os confrontos entre índios e produtores rurais, decorrentes, na maioria das vezes, da reivindicação para ampliar áreas de reserva já estabelecidas ou da decisão da Funai — e seus antropólogos invisíveis —, de considerar indígenas territórios em que agricultores estão instalados há mais de século. Neste exato momento, a tragédia de Pedrinhas não é o único crime — ou penca deles — que se comete no Maranhão. Há outro em curso. Agricultores instalados há décadas numa área declarada como pertencente aos índios Awá-Guajá terão de deixar suas terras. Atenção! São 1.200 famílias — perto de 6 mil pessoas. A própria Justiça admite que a esmagadora maioria é formada por agricultores pobres, que têm pequenas propriedades. O ódio ao agronegócio contamina, agora, até os pequenos produtores. De volta a Maldos Pois bem, na semana retrasada, o senhor Paulo Maldos falou à Voz do Brasil sobre o assunto e disse a seguinte barbaridade (em vermelho): 
“A maioria dos ocupantes que se encontram ali vivem da extração da madeira, plantação de maconha e outros ilícitos, como já foi identificado há pouco tempo trabalho escravo na região. Então, a gente tem uma crise humanitária, digamos, em que você, por um lado, povos indígenas sem contato algum com a nossa sociedade, ou um contato muito recente, e, por outro lado, representantes, digamos, da nossa sociedade, que são o que temos de mais criminoso. Então, uma situação que o estado tem que se fazer presente, dando suporte a uma decisão judicial”. 
 Existem madeireiros na região? Sim! Há pessoas praticando crimes por ali? Não duvido. Mas é a regra? Não! Ao contrário. A maioria das famílias é formada de gente que ganha a vida honestamente, produzindo alimentos. A fala é absurda, truculenta, escandalosa. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da CNA reagiu (em azul):
 “A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil vem a público repudiar as declarações levianas, irresponsáveis e ideológicas de um servidor público mau intencionado, contra as quais buscará as medidas judiciais cabíveis.”

A presidente Dilma obrigou Maldos a se desmentir. Em nota, ele tentou remendar (em vermelho):
“Em relação à desintrusão da terra indígena Awá-Guajá gostaria de esclarecer que não foi minha intenção generalizar e afirmar que os agricultores que se encontram naquele local são plantadores de substâncias ilícitas. No local vivem muitos agricultores corretos e decentes. Se houve qualquer mal entendido a partir de minhas declarações, deixo claro que não foi essa minha intenção.”
A fala dele à Voz do Brasil é muito clara. De resto, este senhor tem uma atuação pregressa conhecida. Já lembrei aqui alguns de seus feitos.
Maldos é braço-direito de Carvalho. A ele cabe conversar com os movimentos sociais. Essa “conversa” assume um sentido muito particular: na prática, o governo os organiza e os financia. Maldos foi, por exemplo, o coordenador-geral do grupo de trabalho criado pelo governo federal para promover a desocupação de uma região chamada Marãiwatséde, em Mato Grosso.
Como ele trabalha? Nessa área, havia uma fazenda chamada Suiá-Missú, que abrigava, atenção!, um povoado chamado Posto da Mata, distrito de São Félix do Araguaia. Moravam lá 4 mil pessoas. O POVOADO FOI DESTRUÍDO. Nada ficou de pé, exceto uma igreja — o “católico” Gilberto Carvalho é um homem respeitoso… Nem mesmo deixaram, então, as benfeitorias para os xavantes, que já são índios aculturados. Uma escola que atendia a 600 crianças também foi demolida. Quem se encarregou da destruição? A Força Nacional de Segurança. Carvalho e Maldos foram, depois, para o local comemorar o feito. Republico este vídeo impressionante que mostra o que restou daquela comunidade.

Maldos já disse a interlocutores que não descansa enquanto 25% do território brasileiro não forem destinados a reservas indígenas. Tem dito também que a violência dos índios é compreensível porque isso é uma espécie de direito à rebelião. De novo: o Brasil já destina hoje a menos de 600 mil índios (de um total de pouco mais de 800 mil) uma área correspondente a 26,6 Holandas, 11 Portugais ou duas Franças. Maldos quer 40 Holandas, 17 Portugais e 3,1 Franças. Agora o Pinheirinho.
Pinheirinho
Maldos não é um qualquer. Trata-se, reitero, de um profissional do conflito — e não da resolução de conflitos. Vocês devem se lembrar da desocupação do Pinheirinho, no interior de São Paulo. A Justiça determinou — e não cabia contestação à ordem — a desocupação de uma propriedade. Carvalho e Maldos acompanhavam tudo de perto. A Polícia Militar não podia mandar a Justiça às favas. Tinha de cumprir a ordem. O governo federal poderia ter resolvido tudo com uma assinatura: bastava desapropriar o terreno. Não o fez. Ficou esperando o conflito. Esperando? Não! Fez um pouco mais do que isso.
No dia da desocupação, adivinhem quem estava lá, ajudando a organizar a “resistência” dos invasores? Acertou quem chutou “Paulo Maldos”. Depois ele veio a público, com grande estardalhaço, anunciar que tinha sido atingido por uma bala de borracha. ATENÇÃO: ELE SE NEGOU A FAZER EXAME DE CORPO DE DELITO. Saiu a exibir uma bala de borracha por aí (foto no alto), dizendo ter sido atingido por um artefato daquele e posando de herói. Sim, uma tragédia poderia ter acontecido. Não aconteceu. Forças do oficialismo chegaram a denunciar ao mundo a existência de mortos e desaparecidos. Era tudo mentira.
Eis aqui um agricultor que está sendo expulso de sua terra no Maranhão. É este homem que Maldos considera “o que há de mais criminoso no Brasil”.
EncerroAs 1.200 famílias que lá produzem seu sustento acabarão deixando a terra. A exemplo do que se viu em Raposa Serra do Sol, não se plantará mais nenhum grão ou pé mandioca por lá. Se não saírem por bem, pais de família serão coagidos pelas forças policiais. Hoje, são donos do seu destino. O governo lhe oferece como saída se cadastrar no programa de reforma agrária.
Escrevi na tarde de ontem um texto sobre a expansão do Bolsa Família. Brasileiro bom é brasileiro dependente da caridade oficial, não é mesmo? Gente que produz tem mais é de ser tratada a chicote. Sem querer pautar comediantes, dou uma dica: o próprio ouvidor da Secretaria Nacional de Direitos Humanos confirmou, em depoimento na Câmara dos Deputados, que os direitos fundamentais dos antigos moradores da fazenda Suiá-Missú foram violados. Quem se importa?
Afinal de contas, direitos, para que possam ser considerados “humanos”, têm necessariamente de ser direitos de alguma minoria sociológica influente no imaginário esquerdopata. Brasileiro pobre que trabalha que se dane. Que vá pedir esmola a Lula e Dilma, pô!
Texto publicado originalmente às 4h05
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

POR GUTEMBERG GUERRA: REVOLUÇÃO VERDE?

Prezados: O mito da fome iminente continua a ser o argumento para fazer introduzir organismos geneticamente modificados, insumos produzidos por empresas que visam apenas o lucro, poluir os mananciais de água, ameaçar a camada de ozônio e alimentar a desigualdade social no mundo todo. Os defensores da Revolução Verde com raciocínios mecânicos não vêem o quanto é complexo o mundo contemporâneo e como poderia ser diferente se conseguissemos fazer o mesmo investimento que foi feito para a Revolução Verde na produção limpa de alimentos. Gutemberg Guerra

domingo, 24 de novembro de 2013

POR RODRIGO CONSTANTINO: A REVOLUÇÃO VERDE X A REVOLUÇÃO DOS VERDES



http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/historia/a-revolucao-verde-x-a-revolucao-dos-verdes/


Finalmente comecei a ler The Rational Optmist, de Matt Ridley, que vários amigos já tinham recomendado. Estou na metade, e é muito interessante realmente. A tese principal não é grande novidade: trata-se de um resgate de Adam Smith atualizado. O autor sustenta que foi o comércio que permitiu o avanço da civilização.
As trocas e a constante especialização do trabalho fizeram com que o ganho de produtividade possibilitasse o aumento exponencial da quantidade de seres humanos vivos, e com melhor qualidade de vida (sim, a visão idílica e romântica da vida no campo antes da revolução industrial não passa de um mito).
Mas depois faço uma resenha geral do livro, se for o caso. Aqui, pretendo focar apenas em uma pequena parte sobre a Revolução Verde, que salvou milhões de indianos na década de 1970. Compreender o que tornou esse “milagre” possível já é suficiente para evitar muita desgraça à frente.
Antes, o contexto. Os malthusianos ainda eram predominantes no século 20, e durante os períodos de fome asiática na década de 1960, seu pessimismo era avassalador. As colheitas fracassavam com as secas, e as pessoas morriam de fome em quantidades crescentes.
O governo indiano, influenciado pelas ideias socialistas, colocou a agricultura no topo de suas prioridades, mas eram os monopólios estatais que iriam cuidar da tarefa árdua de alimentar tantas bocas famintas. O resultado não vinha. As 5 milhões de toneladas de alimento que os Estados Unidos mandavam como ajuda humanitária evitavam uma catástrofe, mas não tinham como durar para sempre.
Na equipe do General Douglas MacArthur no Japão após a Segunda Guerra havia um cientista agrícola chamado Cecil Salmon. Foi quem descobriu um tipo de trigo que crescia menos do que outros. Coletou algumas sementes e mandou para os Estados Unidos, onde o cientista Orville Vogel, em Oregon, recebeu-as em 1949. À época, os fertilizantes não permitiam ganhos de produtividade, pois faziam a plantação crescer demais, e o pé de trigo caía.
Após cruzamentos entre algumas sementes e as que Salmon enviou, Vogel foi capaz de produzir variedades mais curtas de plantas. Em 1952, um cientista que trabalhava no México chamado Norman Borlaug visitou Vogel, e levou algumas amostras de volta ao México. Em poucos anos ele já conseguira triplicar a produção de trigo local. Em 1963, quase toda plantação de trigo no país já era com base nas sementes de Borlaug, e a produção nacional era 6 vezes maior do que quando o cientista chegou ao país pela primeira vez.
Por várias vezes Borlaug tentou exportar sua descoberta para países como Paquistão e Índia, mas encontrara forte resistência do governo e dos monopolistas locais. Espalhavam rumores de que aquelas sementes causavam doenças (soa familiar aos transgênicos atualmente?). O governo indiano não queria fertilizantes importados, pois pretendia estimular a indústria doméstica.
Após muita persistência, Berlaug conseguiu furar barreiras. Em 1968, com várias sementes mexicanas entrando na Índia, a colheis foi extraordinária. Faltava infraestrutura para dar conta de tanta produção! Em alguns locais os grãos tiveram que ser estocados em escolas, pois faltavam silos para armazenamento.
Em março deste ano, a Índia criou um selo postal para celebrar a revolução do trigo. Foi no mesmo ano em que o ambientalista Paul Ehrlich lançou seu famoso livro The Population Bomb, alegando que milhões morreriam de fome e que era uma fantasia achar que a Índia seria capaz de alimentar tanta gente. Como disse Ridley, “sua previsão se mostrou errada antes da tinta [do livro] secar”.
Em 1974, a Índia já era exportadora de trigo. A produção tinha triplicado. Berlaug havia iniciado a Revolução Verde, e seria laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1970. Tudo graças ao comércio, ao conhecimento disperso em cada indivíduo, às forças do mercado não coordenadas pelo estado.
A Revolução Verde depende do capitalismo de livre mercado, e faz verdadeiros milagres. Já a revolução dos “verdes” (melancias, na verdade, pois são verdes apenas por fora, e vermelhos por dentro), sempre condenando o próprio capitalismo e o progresso tecnológico, assim como as trocas voluntárias em nível global (globalização), produz apenas retrocesso e fome.
Os malthusianos pessimistas costumam sempre errar. Mas, para tanto, é necessário que o mercado possa funcionar sem tantos entraves e obstáculos criados pelos governos. Pois se depender dos governos, Malthus terá sua revanche, não resta dúvida…

sábado, 13 de julho de 2013

Daniel Dantas pagou R$ 10 milhões para tornar-se sócio de João Gilberto

Deu na època: 
http://epoca.globo.com//vida/noticia/2013/07/bdaniel-dantasb-pagou-r-10-milhoes-para-tornar-se-socio-de-bjoao-gilbertob.html
O gênio da bossa nova João Gilberto é conhecido por sua excentricidade. Aos 82 anos, vive recluso em seu apartamento. Dorme durante o dia e fica acordado à noite, quando cria ao violão seus
O CANTOR SAI DE CENA...
O músico João Gilberto. Agora ele divide com Daniel Dantas a administração da própria obra (Foto: Tuca Vieira/Folhapress)
arranjos musicais. Praticamente não recebe visitas e não sai de casa nem para fazer as refeições, que pede por telefone. Em vez de comprar ternos, coleciona pijamas. Com essa rotina modesta e aparentemente desconectada do mundo, é difícil imaginá-lo envolvido em tramas financeiras. Só que João Gilberto, às vezes, surpreende. No dia 5 de abril deste ano, ele foi protagonista de uma jogada milionária. O músico se associou a seu conterrâneo, o financista baiano Daniel Dantas, num negócio inédito na indústria fonográfica brasileira. Segundo o contrato, a que ÉPOCA teve acesso com exclusividade, Dantas adiantou a ele R$ 10 milhões. Como contrapartida, embolsará metade de uma indenização que João Gilberto tem a receber da gravadora EMI e poderá explorar comercialmente quatro discos gravados no auge da bossa nova, ainda em disputa judicial.


O negócio surgiu depois de uma vitória que João Gilberto obteve na Justiça no ano passado, em ação contra a gravadora EMI. Foi o maior processo que ganhou em sua carreira, depois de enfrentar uma longa batalha jurídica. Ele tinha 26 anos quando foi contratado pela extinta Odeon, subsidiária da EMI. Entre 1958 e 1963, gravou os discos que hoje são considerados obras-primas da bossa nova e difundiram a batida inconfundível de seu violão para o mundo –Chega de saudade, O amor, o sorriso e a flor e João Gilberto. Em 1988, a EMI lançou, sem autorização dele, o CD O mito, com uma coletânea remixada de músicas daqueles discos anteriores. Para João Gilberto, foi uma inaceitável mutilação de seu trabalho. Ele rompeu relações com a EMI e entrou com um processo, pedindo que o CD fosse retirado do mercado. Somente em 2012 ele obteve uma vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O STJ estipulou que João Gilberto deveria receber, a título de indenização, 24% do valor dos CDs vendidos, com correção monetária. A definição do montante ainda é motivo de disputa. Os advogados da EMI afirmam que o valor a pagar é R$ 1,2 milhão. Os de João Gilberto afirmam que são R$ 100 milhões.

Pelo contrato assinado em abril, Dantas ficará com metade dessa indenização. Caberá a João Gilberto a outra metade, da qual deverá descontar os R$ 10 milhões que recebeu adiantado. A P.I. Participações, empresa de Dantas, coordenará as estratégias jurídicas e comerciais relacionadas ao processo. Conceberá iniciativas para, usando as próprias palavras do contrato, “maximizar os retornos” da ação judicial. No contexto do atual mercado, uma indenização de R$ 100 milhões parece pouco factível – isso equivale a quase um terço de todo o faturamento da indústria fonográfica brasileira no ano passado. Mas Dantas, que não joga para perder, muito provavelmente terá lucro no negócio. Além do processo já ganho, poderá ajuizar novas ações no Brasil ou no exterior, relativas ao uso indevido das gravações de João Gilberto feitas por empresas ligadas à EMI.

A parte mais peculiar do contrato diz respeito aos LPs gravados nas décadas de 1950 e 1960. Nas últimas semanas, a imprensa tem noticiado seguidamente a briga de João Gilberto pela devolução das gravações originais, que estavam em poder da EMI. Quem está por trás dessa estratégia é a empresa de Dantas. Pelo contrato, ela deveria usar “seus melhores esforços” para reaver as matrizes. Depois, deveria tentar transferir também os direitos autorais para João Gilberto. Hoje, esses discos estão fora de catálogo, porque os direitos autorais pertencem tanto à EMI quanto a João Gilberto, e não há acordo entre as partes para relançá-los. Se a transferência der certo, Dantas poderá vender as gravações no futuro e ficará com 60% do lucro obtido com a venda.

...E O FINANCISTA ENTRA NA OPERAÇÃO
Daniel Dantas e um fragmento do contrato assinado com João Gilberto. Em troca do adiantamento de R$ 10 milhões, Dantas ficará com metade de uma indenização que João Gilberto deverá receber e poderá explorar comercialmente os álbuns seminais da bossa nova (Foto: Elso Junior/ Estadão Conteúdo)

O primeiro passo nessa direção foi dado duas semanas depois da assinatura do contrato. Os advogados Flávio Galdino e Rafael Pimenta, em nome de João Gilberto, entraram com uma ação contra a EMI, pedindo a guarda das fitas originais. No dia 20 de maio, eles conseguiram retirar as fitas da gravadora e transferi-las para uma empresa de confiança de João Gilberto. Agora, o material passará por perícia. O uso comercial dessas gravações ainda será objeto de disputa. O contrato já prevê que os possíveis dividendos serão administrados por uma companhia de capital aberto, criada por João Gilberto, cujas ações serão divididas entre ele e a empresa de Dantas. A sociedade entre o músico e o financista – ou seus respectivos herdeiros – valerá enquanto durarem os direitos autorais dessas obras.

Pelo acordo, João Gilberto deverá contratar os profissionais que julgar adequados para produzir uma nova remasterização dos LPs. Dantas terá mandato amplo para usufruir essas gravações e até negociá-las para fins publicitários. Nesse caso, João Gilberto só poderá vetar o uso se houver associação de sua imagem com empresas que fabriquem bebidas alcoólicas, cigarros, armas ou agrotóxicos. Pelo contrato, ele também precisará da autorização de Dantas se quiser liberar essas gravações por vontade própria, de forma gratuita ou paga.

O documento diz que foi João Gilberto quem procurou Dantas para propor a associação. Por um motivo concreto: dificuldades financeiras. “Os atos praticados pela EMI Brasil (...) levaram João Gilberto a viver em péssima situação financeira, impedindo que ele concentrasse sua atenção nas atividades da indústria fonográfica, agravando seus prejuízos”, lê-se no contrato. O adiantamento de R$ 10 milhões permitirá a ele sanear suas contas e viver tranquilamente, sem ficar à espera da indenização na Justiça, já que a fase de execução do processo poderá levar anos. “João Gilberto precisa de recursos para viver com dignidade e tranquilidade, podendo, assim, concentrar sua atenção e foco nas atividades em que é mestre”, diz o contrato.
João Gilberto nos procurou
e decidimos apoiá-lo para
que ele continue se dedicando
a sua música "
ASSESSORIA DO OPPORTUNITY
A situação financeira de João Gilberto é motivo recorrente de especulação. Em 1990, notícias publicadas por diversos jornais já sugeriam que ele estava num estado de pré-falência, com seu patrimônio reduzido a um Monza ano 1987. Uma informação aparentemente incompatível com os cachês milionários que costumava receber. Até hoje ele não tem apartamento próprio. Mora de aluguel e paga R$ 4.500 mensais. Suas principais fontes de renda são os shows e a venda de discos. João Gilberto não se apresenta desde 2008. Os indícios de complicação financeira aumentaram.

Em 2010, ele assinou com a empresa Tom Maior um contrato para fazer duas apresentações, no Rio e em São Paulo. Recebeu um adiantamento de R$ 500 mil. Os shows foram cancelados, mas João Gilberto não devolveu o dinheiro e é cobrado na Justiça. Em 2011, João Gilberto assinou com o produtor baiano Maurício Pessoa outro contrato para fazer uma série de shows. Quem intermediou o negócio foi Cláudia Faissol, mãe de sua filha caçula e uma das poucas pessoas que têm acesso a ele. João Gilberto recebeu um adiantamento de R$ 210 mil. Os shows não foram realizados, e o dinheiro também não foi devolvido. “Já fizemos duas reuniões para tratar da devolução desse dinheiro, mas não houve avanço. Temos de tomar as medidas cabíveis”, diz Maurício Pessoa.

Diante desse tipo de ameaça, o acordo com Dantas soa como um resgate financeiro. Quem ajudou a costurá-lo foi o advogado Marcos José Santos Meira. Filho de Castro Meira, ministro do Superior Tribunal de Justiça, foi ele quem ajudou João Gilberto a ganhar a causa contra a EMI no ano passado. Assim como Dantas e João Gilberto, ele também é baiano e conheceu o artista por meio de amigos em comum, em 2008. Meira foi advogado do ex-ministro José Dirceu num caso de improbidade administrativa na Casa Civil, em 2005. Dois anos depois, foi condenado pela Comissão de Valores Mobiliários por uso de informação privilegiada, durante o processo de compra da Varig pela Gol. Ele não quis falar sobre o contrato. “Preciso conversar antes com João, mas só vou encontrá-lo na semana que vem”, diz.

João Gilberto não dá entrevistas. Mesmo pessoas ligadas a ele sabem pouco de sua vida. Para o crítico e produtor musical Zuza Homem de Mello, ele vive exclusivamente para sua arte. Não se preocupa com questões materiais.“Negociações envolvendo dinheiro são conduzidas pelas pessoas que o cercam”, diz. João Gilberto, sabe- se agora, tem bons advogados. Procurada por ÉPOCA, a assessoria do grupo Opportunity, de Dantas, confirmou as informações da reportagem. “Não é de hoje que o Opportunity investe em cultura. João Gilberto nos procurou e decidimos apoiá-lo para que ele continue se dedicando a sua música”, diz a assessoria, fazendo eco às palavras do contrato.