domingo, 22 de janeiro de 2012

Deguinha quase foi patrão de Tom Zé (seu tio)!






 

O Genial Tom Zé, grande músico, criador da Tropicália e compositor de grandes sucessos é de um (bom) humor sem limites. Tenho um CD – Com defeito de fabricação, com o seu autógrafo.

Pois bem, Tom Zé, baiano de Irará é tio do nosso Deguinha. Irreverente, Tom Zé tornou Deguinha famoso declarando que, magoado com a falta de oportunidade no mercado da música no Brasil, iria trabalhar no posto de gasolina de Deguinha.

 

Vejam abaixo algumas reportagens sobre o assunto:



Prestes a voltar para a Bahia para trabalhar no posto de gasolina de seu sobrinho, Tom Zé encontrou seu redentor. 

No site Desova

http://desova.wordpress.com/2009/09/

O que você fez durante a época do seu ostracismo? Como foi esse período?
Bom, eu iria tomar conta do posto de gasolina (em Irará, Bahia). Iria porque estava para abandonar de vez a música, eu já tinha até falado com minha mulher.

Quando foi isso?
O último show que eu fiz aqui em  88, 89. Eu voltei para casa chorando por causa do mal-estar que certas coisas provocaram. Eu falei: “Neusa, eu quero largar”. Dega tinha um primo com um posto de gasolina. Eu queria trabalhar, não queira ficar  aqui empregado do PMDB numa secretaria qualquer, empregado político que a pessoa acaba obrigado a fazer essas malandragens. Eu queria voltar lá pra loja do meu pai, mas não loja pai não tinha mais. A única coisa parecida era o posto de gasolina.

O que era a loja?
Lojas de tecidos, onde nasci e fui criado. Tinha o posto de gasolina do Deguinha. Eu ia ser gerente dele, digamos assim, trabalhar lá, botar gasolina, fazer promoções, botar o posto pra funcionar (risos). Aí, nesse meio tempo, David Byrne anunciou que queria me encontrar aqui no Brasil. Eu perguntei às pessoas e (me disseram): “não, é um homem muito sério, uma pessoa direita. Antes de você ir espere para saber o que é.” Ele veio, me lançou nos Estados Unidos, virei um sucesso fora do Brasil. O Brasil (falou): “que diabo, puta merda, a gente tem que aguentar esse Tom Zé que David Byrne foi inventar. Que porra!” David Byrne me lançou em 90, mas desde 86 ele rodeava em volta de mim. E David Byrne mesmo conta que quando ele conversava com algum músico brasileiro falavam assim: “o quê?! Quem?! Tom Zé?! O Brasil tem tanto músico brasileiro e você está atrás de Tom Zé? Você é louco?” David Byrne parou de falar no assunto. Um belo dia ele resolveu não lançar duas músicas, mas lançar um disco meu. Ele virou para uma pessoa de mais confiança, – ele conta isso, vai sair num filme agora que ele conta isso – e disse: “é, eu vou lançar um disco do Tom Zé” e a pessoa disse a mesma coisa: “você louco? Com tanto músico bom no Brasil!” Aí David Byrne disse “foi daí que eu compreendi que o espírito investigativo de Tom Zé tinha mais a ver com a cena renovadora de Nova Iorque do que com a vida brasileira”. A resposta dele acabou sendo essa. Ipsis litteris. Pode escrever e botar aspas.

 

E no caderno 2 Mais de A Tarde

 

http://caderno2mais.atarde.com.br/?tag=tom-ze

 

 

Há dez dias, em Irará, a equipe gravou lugares, “causos” e fatos ligados a Tom Zé, como a lendária história de que ele iria trabalhar como frentista no posto do primo Deguinha, caso não tivesse sido (re) descoberto pelo produtor David Byrne, em 1990.



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